Quando falamos sobre Cloud, muita gente imagina que essa tecnologia e o conceito dela são novos. Na verdade, não são. Ao falarmos de nuvem, existem três tipos principais: nuvem privada, nuvem pública e nuvem híbrida. Essa divisão já nos mostra que a ideia de nuvem não é recente. Vamos entender melhor:
Quando observamos grandes empresas, como um banco financeiro, por exemplo, podemos ver que esse banco possui seus próprios servidores e uma infraestrutura física dedicada. Isso significa que ele tem um espaço físico onde estão localizados os servidores, com milhares de cabos conectando-os. Parte desses servidores está destinada ao banco de dados, parte ao processamento de informações, e assim por diante. Quem tem acesso a essa infraestrutura? O banco, porque ela é dele.
Por muitos anos, as empresas operaram dessa forma. Para fazer seus sistemas funcionarem, cada uma delas precisava ter e manter sua própria infraestrutura. Isso é o que chamamos de nuvem privada, onde apenas os funcionários daquela empresa têm acesso aos serviços e dados disponíveis nessa infraestrutura.
Com o tempo, as empresas começaram a escalar suas infraestruturas de tal forma que o excedente passou a ser alugado para empresas menores. Isso cresceu tanto que se transformou em um grande negócio. Essas empresas começaram a criar suas próprias infraestruturas e serviços, estruturados para serem elásticos, ou seja, para atender à demanda de diversos clientes. Essa é a famosa nuvem pública, com exemplos como Azure, GCP e AWS.
A nuvem híbrida surge como uma solução para empresas que disponibilizam parte de sua nuvem privada para uso público, criando uma combinação de ambas as abordagens.
Portanto, o conceito de nuvem não é novo, mas a escala de serviços em nuvem pública cresceu significativamente nos últimos anos.
Azure
Agora que entendemos o conceito de nuvem, podemos falar do Azure. Assim como outras plataformas, o Azure é uma solução de nuvem da Microsoft, que oferece uma variedade de serviços para empresas e usuários. Ele fornece recursos em várias áreas, como software como serviço (SaaS), plataforma como serviço (PaaS) e infraestrutura como serviço (IaaS), e suporta diversas linguagens de programação, ferramentas e frameworks, tanto de sistemas da Microsoft quanto de terceiros.
Alguns dos serviços disponíveis no Azure incluem:
- Azure Active Directory
- Azure CDN
- Azure Data Factory
- Azure SQL
- Azure Function
- CosmosDB
- DevOps
- Azure Backup
- Virtual Machin
Preços
Ok, o fato de ter esses serviços facilmente disponíveis assim é ótimo, mas e o preço desses serviços, como funciona?
O Azure oferece diferentes modelos de custo para seus serviços, adaptando-se a uma variedade de necessidades e casos de uso. Os principais modelos de custo oferecidos pela Microsoft Azure são:
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Pay-as-you-go (Pague conforme o uso):
Esse é o modelo de pagamento mais flexível e popular. Nele, você paga apenas pelos recursos que usa, como tempo de computação, armazenamento e largura de banda. Não há compromissos de longo prazo, e você pode ajustar sua utilização de serviços de acordo com a necessidade. -
Reserved Instances (Instâncias reservadas):
Nesse modelo, você faz um compromisso de longo prazo (geralmente 1 ou 3 anos) para obter um desconto significativo sobre o preço normal das instâncias de máquinas virtuais e outros serviços. Esse modelo é ideal para cargas de trabalho previsíveis. -
Spot Pricing (Preços de Spot):
O Azure oferece preços dinâmicos para instâncias de máquinas virtuais que podem ser interrompidas a qualquer momento, com base na oferta e demanda de capacidade. Esse modelo é mais barato, mas as máquinas podem ser removidas sem aviso prévio se a demanda aumentar. -
Azure Hybrid Benefit (Benefício Híbrido do Azure):
Oferece um modelo de custo mais acessível para clientes que já possuem licenças do Windows Server ou do SQL Server com Software Assurance. O benefício permite usar essas licenças para reduzir o custo das instâncias do Azure, como máquinas virtuais e SQL. -
Consumption-based (Baseado no consumo):
Para serviços como o Azure Functions, onde você paga pelo número de execuções e pelo tempo de execução do código, sem a necessidade de provisionar recursos antecipadamente. -
Dev/Test Pricing (Preços para Desenvolvimento e Teste):
Oferece tarifas com desconto para clientes que usam o Azure para desenvolvimento e testes de seus aplicativos. Isso é especialmente útil para equipes de desenvolvimento que não necessitam de ambientes de produção e podem economizar em seus custos de nuvem.
Esses são os principais modelos de custo, e o Azure oferece flexibilidade para ajustar os gastos conforme as necessidades da empresa. As opções variam de acordo com os serviços e a forma de uso, permitindo que os clientes escolham o modelo que melhor se adapta aos seus requisitos de performance e orçamento.
Conclusão
Embora o conceito de nuvem seja antigo, a maneira como as empresas utilizam os serviços de nuvem pública evoluiu rapidamente, e plataformas como o Azure se tornaram essenciais para aquelas que buscam escalabilidade, flexibilidade e inovação em suas infraestruturas. Com modelos de custo adaptáveis como o Pay-as-you-go, Reserved Instances e Azure Hybrid Benefit, o Azure oferece soluções que atendem tanto a grandes corporações quanto a pequenas empresas. Sua variedade de serviços, desde máquinas virtuais até soluções de dados e backup, permite que as organizações aproveitem a nuvem para otimizar operações e reduzir custos, conforme suas necessidades de negócios.
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